sábado, 13 de agosto de 2011

Chico Science e Nação Zumbi - Da Lama ao Caos - 1994

Da Lama ao Caos é o primeiro álbum de estúdio da banda brasileira de manguebeat Chico Science & Nação Zumbi, lançado em 1994.

Um pouco de história...

Nação Zumbi (antes conhecido como Chico Science & Nação Zumbi até 1997) é uma banda brasileira, nascida no início da década de 1990, em Recife, capital do estado de Pernambuco, a partir da união do Loustal, banda de rock pós-punk, com o bloco de samba-reggae Lamento Negro, e originalmente chamava-se "Chico Science & Nação Zumbi". O líder e vocalista da banda, o cantor e compositor Chico Science, fundou, junto com a banda Mundo Livre S/A, o movimento Manguebeat.[2] No ano de 1991, em Olinda, aconteceu o primeiro show da banda, com o nome provisório de "Loustal & Lamento Negro", numa festa chamada "Black Planet". Neste mesmo ano, Chico Science e Fred Zero Quatro (do grupo Mundo Livre S/A) escreveram um Release, que acabou virando um manifesto do movimento Manguebeat, o Manifesto dos Caranguejos com cérebro, que tem como símbolo, uma antena parabólica colocada na lama, tornando-se assim um dos principais movimentos e banda dos anos 90 no Brasil, lutando por melhorias sociais na vida da população, não só de Recife e do Estado do Pernambuco, mas como de todo cidadão brasileiro.

Da lama ao caos ficou marcado pela confusão na cabeça do produtor, que não sabia como gravar um som tão diferente como o do CSNZ. Liminha deixou o som do CSNZ limpo demais e sem peso, e na época, era evidente: Chico e a Nação eram mais fortes e devastadores ao vivo, não existia banda mais energética sobre um palco. Mesmo assim, Da lama ao caos mudou para sempre a cenário musical brasileiro desde o momento que foi lançado. Sai o primeiro single, "A Cidade", que ganha clipe, e entra na grade de exibição da MTV, e "A Praieira" vira trilha sonora da novela Global Tropicaliente, consequentemente tocando nas rádios.

Eu destaco o álbum todo! De tão diferente chega a ser mágico. Vale destacar muito "Samba Makossa" regravada pelo Charlie Brown Jr.

 "A cidade não para a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce"


"Uma cerveja antes do almoço é muito bom para ficar pensando melhor."




Faixas

"Monólogo ao Pé do Ouvido": Em uma intro onde Chico apresenta a proposta estético-política do Manguebeat;
"Banditismo Por Uma Questão de Classe": Lúcio Maia mostra seus riffs poderosos. O Maracatu toma conta do ambiente. A letra aprofunda a visão romântica de Chico acerca do banditismo por causas sociais;
"Rios, Pontes & Overdrives": O Recife visto pela visão mangue;
"A Cidade": Um dos hits do disco, de letra forte e marcante;
"A Praieira": O segundo hit de refrão pegajoso, e que fala da Revolução Praieira pernambucana de 1848;
"Samba Makossa": Participação de Planet Hemp;
"Da Lama ao Caos": O Hino mangue;
"Maracatu de Tiro Certeiro": Faixa tensa, sobre a neurose urbana;
"Salustiano Song": Intrumental em homenagem a Mestre Salú, por Lúcio. Psicodelia à flor dos ouvidos;
"Antene-se": Chico e sua profissão, "mangueboy";
"Risoflora": A declaração sincera de um caranguejo apaixonado;
"Lixo do Mangue": Outra instrumental, riff pesados mesclados com samplers;
"Computadores Fazem Arte": Por Zero Quatro, e a sua profecia sobre os computadores;
"Côco Dub (Afrociberdelia)": A "primeira parte" do Afrociberdelia.

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